amores expresos

quinta-feira, 6 de setembro de 2007








06 de Setembro ( em breve omitirei o mês também) 4:30 da manhã.
Recapitulando o dia de ontem
Postais
Imagem 1. Oferta


Imagem 2. Deli onde o café é cê se serve-se e não vende Jornal. É aqui que tomo o primeiro café. De agora em diante chamarei essa substância de plasma.


Imagem 3. Deli onde vende jornal e o rapaz que atende é sósia do Ferréz.


Imagem 4. Eu tomando café no parque (ainda não aprendi a usar o disparador automático da nova câmera), Imagem 5. O plasma, meu caderno de notas e eu.


Na noite do dia 04 fiz minha primeira festa no telhado. Como não bebo, tiro o atraso nos comprimidos. Por isso na manhã do dia 05 acordei de ressaca. Perdi a hora. Levantei às sete (horário local, uma hora a menos do Brasil) Peguei minha nova câmera com sua bateria a toda carga e saí por aí, por aqui, digo. Brooklyn. Ainda não me veio nenhuma idéia que me desperte interesse para desenvolver para o projeto que me traz aqui. Mas, ao menos eu tenho uma câmera. Então andei pelas ruas sem nenhuma idéia na cabeça, mas com uma câmera e um trocadilho nas mãos. Fui a minha primeira Deli, a que não vende jornais e peguei minha primeira dose de plasma. O primeiro é só para fumar, por falar nisso precisamos esclarecer alguns mitos quanto a essa ladainha de que em NY não se pode fumar. Isso é coisa de brasileiro metido a novaiorquino que dita essas regras estúpidas. Muita gente fuma em Manhattam. Certo, não se pode fumar nos interiores das lojas, mas na rua ta cheio de gente fumando. No Brooklyn então, nem se fala. É periferia e as campanhas dizem que fumar é coisa de pobre. Pobre e vilão de filme americano, campanha brasileira. Como vivo um psicopada norteamericano, fumo no banco do parque. Obviamente enquanto procuro minhas vitimas. Como bom psicopata, conversei com meus amigos esquilos e para a minha surpresa eles falam português. E de forma muito fluente (Nota: não se esqueça que as vozes que um psicopata ouve vem de dentro de sua própria cabeça). O plasma estava tão quente que derreteu metade da minha língua e deixou a outra metade dormente. Por isso, talvez, posso afirmar que o esquilo fala um português melhor do que eu, no momento. Enquanto conversávamos, chegou um passarinho esquisito, uma mistura de galinha com pica-pau. Era um sujeito de poucas palavras. Fui para a Deli 51 onde vende jornal e cujo rapaz que atende é sósia do Ferréz. Por falar nisso, vejo em media16.5 sósias do Ferréz por dia. Feito isso folheei o matutino, fiz umas compras, pão de forma, manteiga, iogurte suco e água. Ainda faz muito calor. Depois peguei um ônibus $2,00 cujo trajeto, juro, não é mais do que dez pontos. Obviamente me perdi, mas quando estava chegando ao ponto final o celular tocou e eu atendi. Foi então que a gentil senhora que estava sentada a meu lado descobriu que eu, assim como ela, sou brasileiro. Ela me ensinou a chegar no metrô. Perguntou a quanto tempo estou por aqui, alguns dias, falei. Disse que estava aqui para fazer um trabalho e ela soltou um: “ai que chic!”. Ela vive a um ano aqui. Está muito feliz e trabalha cuidando de idosos. Esqueci de perguntar seu nome ou de falar o meu. Desci na Broadway e caminhei até o Battery Park. Cerca de 30 quadras. No caminho entrei numa farmácia incrível “Duane Reade” dois pisos repletos de medicina, mantimentos, naturebas e CIGARROS. Sim, meus senhores e minhas senhoras, em NY Manhattam vende cigarro em farmácia. Eu até tirei uma foto, mas ficou muito tremida. Emoção, mas com toda certeza voltarei nesse esplêndido estabelecimento e prometo uma foto a vocês. Voltando ao Battery Park, paguei $11,30¢ para pegar uma embarcação que leva até a Estátua da Liberdade. O barco sacode mais do que lombo de dromedário e ao chegar na Estátua me senti ridículo e não tive vontade de entrar na figura de ferro. Fiquei chacoalhando no barco até ele resolver regressar. Além do mais, eu nunca acreditei em liberdade. Na volta me perdi e caminhei tomei alguns expressos duplos em três Starbucks por onde passei e mais um numa tal de Miró. Depois voltei para o meu subúrbio. Andei tanto que acho que minhas pernas encolheram um pouco.

Hoje 06 após recapitular o dia anterior para postar no meu querido blog fui até a Deli 51 peguei meu plasma light, um pão alienígena e um curioso baralho “Starz behind barz”. Cada carta traz a foto de uma personalidade quando esta foi enquadrada na lei. Fui então para o meu banco de psicoturista. O Cabeção, meu esquilo amigo, não apareceu. Como esqueci meu isqueiro voltei logo para casa. Fui fumar o meu matinal e enquanto estava no meu panorâmico telhado tive a luz para a minha novela do Amores Expressos. Talvez comece a escrever hoje mesmo, não sei...

1 Comentários:

Blogger André de Leones disse...

Genial, Lourenço. Você mal começou a postar, mas o seu blogue é, desde já, o meu favorito dentre os blogues do projeto. Eu queria ter o seu humor na hora de postar as minhas merdarias. Mas ninguém foge do erro que é, certo?

Boas viagens!
Abraços do
André.

6 de setembro de 2007 às 17:13  

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