amores expresos

domingo, 16 de setembro de 2007

Jogo rapido





16 de s
31 horas fora de casa. Fora dessa minha estranha casa. Estava sentindo falta. Até o Cabeção ficou preocupado. Deixou um bilhete na porta. Na verdade uma noz. Para bom entendedor. Desci da tal feira, meia boca, de livros do Brooklyn e vim caminhado louco para destravar minha porta. Estava com medo. De longe tentava avistar a fumaça. Fumaça saindo do meu telhado. O churrasco do alemão era esse fim de semana. Eu não queria ver ninguém. Só queria chegar. Imagina ainda ter de enfrentar um churrasco alemão no meu próprio telhado. Ao invés de pagode, pelo menos ia ser Wagner. Por sorte se foi, já era. Foi ontem, quem sabe? Comprei um DVD de uma tal de “Violette Blue” para me fazer companhia. Acho que vou projetá-la na parede. Na maquininha do russo. Iliya. Já que Iliya não está, que seja a minha Iliya da fantasia. Essa doeu, mas eu estava segurando faz tempo. Era uma lojinha incrível essa onde conheci Violette. Vendia punho de borracha aberto e fechado para fazer fist-fuck. Era uma obra digna de Michelangelo. Parecia as mão do Davi. $25,00. Eu queria comprar uma mão. Pela curiosidade, não vão pensar uma coisa dessas de mim, por favor. Passei esse tempo com a família Rodriguez, desconfio que façam parte da máfia brasileira. E por falar em máfia, ontem passeamos em Little Italy. Nas ruas de “ Era Uma Vez Na América”. E andamos no Soho. Ainda falando de máfia, assistimos ao último filme do Cronenberg “Eastern Promises”. Andamos pra diabo. E eu no fim queria voltar para esta estranha casa. Tomar banho, usar meu banheiro, essas coisas. Compramos material de desenho, bico de pena e tudo mais. Só esqueci das cabeças de alho. Hoje vou rever os fantasmas.
Sigo no meu inglês ridículo associado a mímica e caretas. Outro dia um vendedor não conseguiu me entender. Era jovem, pobre alma. E hoje amanheci em Manhattam e andei logo pela 14 com a 7a West Village, creio. Era uma vez, e isso aqui não é a América. Isso aqui é cinema. Anteontem lavei minha roupa suja na lavanderia do prédio. O que mais se vê na parte “chic” (como diria minha amiga brasileira que encontro no ônibus e pensa que meu nome é Lorez) do Brooklyn é lavanderia. 80% de lavanderias, 80% de Delis e 80% de bandeiras americanas. Querem outro trocadilho infame? Aqui toda loja é americanas. É tanta bandeira que parece que estamos na copa. E eu fui lavar minha roupa e botei as moedas na máquina. Peguei um livro enquanto a roupa batia. Me sentia num filme. Sessão da tarde. Era uma vez na América um chicano de chapéu lavando suas roupas, porque nasceu pra baixo de e Houston é chicano. A centrífuga grande é uma maravilha. A roupa sai quente, nem precisa passar. Antes de vir para era uma vez na América me disseram que eu ia ficar no Village e meu livro já tinha até título “Village People”. Agora estou pensando em comprar a mão de borracha e escrever “Brooklyn Back Montain”. Hoje eu estou péssimo! Digo, nos trocadilhos. Tem um monte de amigos me encontrando no blog, talvez eu adote o Lorez antes que os credores me achem. E quanto a cada um cuidar de si, por aqui, me referia as roupas. Porque aqui todo mundo é polícia. Ou do FBI.
E lembrado o Dólar day, aqui perto de casa tem um mercado que chama “Tudo por 99¢ ou mais”. Brilhante!

12 Comentários:

Blogger Bianca disse...

é Lorez...por aí todas as lojas são americanas, os caras ganham em dólar mas só bebem uísque nacional né?! Dio Santo!

16 de setembro de 2007 às 16:45  
Blogger Unknown disse...

setembro
setembr
setemb
setem
sete
set
se
s
...
está na hora de voltar!!!
Parabéns pela postagem de hoje, está hilária!!!
Continue com os trocadilhos, please!
um beijo

16 de setembro de 2007 às 19:08  
Blogger Ana Teixeira disse...

Hei Lourenço!
Só hoje soube do blog. O Ivan falou pra Fádhia que falou pra mim. São 2h da manhã e eu tô aqui lendo e dando risada. Continue com os trocadilhos mesmo (como pediu a Lucimar). Eles são infames, mas engraçados. O da Illia...Ai, ai..
Um beijo procê

16 de setembro de 2007 às 22:21  
Blogger Socorro Acioli disse...

Eu me acabo de rir!

17 de setembro de 2007 às 04:52  
Blogger Laís disse...

Ai, Lorez...
É a cafeina que te deixa assim(já percebeu que vou te encher o saco em todos os posts falando sobre café, né?!)??

hahaha...
os trocadilhos foram ótimos!

hahaha...


bjjjss

17 de setembro de 2007 às 08:54  
Blogger Eduardo Verderame disse...

lourenço estou em NY, me escreve,
everderame@gmail.com
edu

17 de setembro de 2007 às 09:00  
Blogger Foncati disse...

setemb chov

17 de setembro de 2007 às 10:05  
Blogger Emerson Wiskow disse...

Porra, não sabia da existência deste blogue. Muito bom, ótimas imagens e texto.
Abração

17 de setembro de 2007 às 14:13  
Blogger Unknown disse...

OI,

tava aqui outro dia e pensei em vc. Aí, na sequencia, a Cris e a Érica me passaram um link de blog. Eu não sabia... desatenta! Entrei outro dia e dei uma olhada, não entendendo direito o que era, o que vc estava fazendo, enfim, elas me explicaram. Hj, no meio do trabalho resolvi dar outra olhadinha. Resultado: 2 horas lendo sem conseguir parar do começo ao fim. Como disse a Érica : te lendo. Bem, é um jeito de estar perto. Gostei. Matei um pouco de saudade.
beijo
Harumi

17 de setembro de 2007 às 14:19  
Blogger Unknown disse...

Fala, Mutarelli!
Vim pra dar "oi"; depois que descobri o blog. :)
Espero que esteja curtindo aí, que eu estou curtindo a tese.

Abração,

Del Candeias.

17 de setembro de 2007 às 14:32  
Blogger jesus kid disse...

trocadilhos infames são bem vindos

sorte e inspiração nessa terra de Marlboro caro

sim

o cigarro é caro

abraço,amigo Muta!

17 de setembro de 2007 às 17:06  
Blogger Hermes J. Ribeiro disse...

Não sei não, eu acho que vc está se desmutarellizando...tá muito engraçadinho, mas eu gostei..rsrsrs

um abraço

17 de setembro de 2007 às 17:53  

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